sábado, 12 de julho de 2014

ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO-AEE ROMPENDO MODELOS

"Temos o direito de ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza; temos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza."
                                                        
                                                                                         (Boaventura de Sousa Santos)




           “O modelo dos modelos”
                                                                                Ítalo Calvino

    Houve na vida do senhor Palomar uma época em que sua regra era esta: primeiro, construir um modelo na mente, o mais perfeito, lógico, geométrico possível; segundo, verificar se tal modelo se adapta aos casos práticos observáveis na experiência; terceiro, proceder às correções necessárias para que modelo e realidade coincidam. [..] Mas se por um instante ele deixava de fixar a harmoniosa figura geométrica desenhada no céu dos modelos ideais, saltava a seus olhos uma paisagem humana em que a monstruosidade e os desastres não eram de todo desaparecidos e as linhas do desenho surgiam deformadas e retorcidas. [...] A regra do senhor Palomar foi aos poucos se modificando: agora já desejava uma grande variedade de modelos, se possível transformáveis uns nos outros segundo um procedimento combinatório, para encontrar aquele que se adaptasse melhor a uma realidade que por sua vez fosse feita de tantas realidades distintas, no tempo e no espaço. [...] Analisando assim as coisas, o modelo dos modelos almejado por Palomar deverá servir para obter modelos transparentes, diáfanos, sutis como teias de aranha; talvez até mesmo para dissolver os modelos, ou até mesmo para dissolver-se a si próprio.
Neste ponto só restava a Palomar apagar da mente os modelos e os modelos de modelos. Completado também esse passo, eis que ele se depara face a face com a realidade mal padronizável e não homogeneizável, formulando os seus “sins”, os seus “nãos”, os seus “mas”. Para fazer isto, melhor é que a mente permaneça desembaraçada, mobiliada apenas com a memória de fragmentos de experiências e de princípios subentendidos e não demonstráveis. Não é uma linha de conduta da qual possa extrair satisfações especiais, mas é a única que lhe parece praticável.
                                                                          

REFLEXÃO

   Diante da leitura do texto acima, de Ítalo Calvino reforço ainda mais minha opinião de que não se pode viver preso a regras e modelos antigos, pois devemos ser flexíveis aos acontecimentos e as coisas que surgem ao nosso redor, para que seguir padrões se nem sempre eles servirão, pois precisamos nos adaptar a todos e a todas as realidades referenciando nossa profissão como educadores.

     Quando fala-se em AEE de imediato nos remetemos a necessidade que cada pessoa apresenta, pois cada um tem suas peculiaridades que devem ser respeitadas. Respeitar as diferenças e as necessidades que cada pessoa apresenta é demonstrar que ele também é importante e que fazemos parte de um mundo cheio de diferenças onde cada um tem seu espaço e todos podem sim viver harmoniosamente desde que não oprima e nem tire o direito do outro de viver em sociedade dignamente.
É preciso que abramos a nossa mente para compreender e sentir a necessidade de ser flexível diante da necessidade e capacidade de cada pessoa, pois ninguém é igual a ninguém e cada um tem sua individualidade que deve ser respeitada.


domingo, 8 de junho de 2014

TEA - RECURSOS E ESTRATÉGIAS DE BAIXA TECNOLOGIA


FAZENDO A HISTÓRIA              

                      


*Atividades para crianças com autismo.  Explorando animais, meios de transporte, efeitos sonoros e onomatopeias.

*Metas principais: Acompanhar e compreender uma sequência narrativa.

Contar uma história para a criança utilizando a sequência narrativa de um livro caseiro personalizado. Utilizar sua expressividade facial, corporal e de voz em breves encenações para ajudar a criança a manter-se atenta e motivada durante toda a história. Oferecer opções de cartões para que a criança complete a história.
Escolher o cartão que completará cada trecho da história do livro.
Confeccione um livro personalizado utilizando papel de tamanho A3 e deixe espaços em branco no texto para que cartões possam ser encaixados de forma a completar a história. Confeccione de 2 a 4 cartões diferentes como opções para cada espaço em branco. Os cartões podem conter apenas fotos/desenhos, conter fotos/desenhos e palavras, ou apenas palavras, dependendo do estágio de desenvolvimento das habilidades cognitivas de sua criança. Plastifique tanto o livro como os cartões e cole uma fita de Velcro no verso dos cartões e nos trechos em branco do livro para que os cartões possam ser encaixados desta forma.

*Era uma vez um…
Gato
Sapo
*Que morava em uma casa…
Vermelha
Amarela
*Um dia, ele foi passear de…
Carro
Trem
*E ele chegou na….
Escola
Praia
*Ali, ele encontrou seu amigo…
Pato
Leão
*E eles comeram juntos uma deliciosa e gigante…
Banana
Laranja
Melancia

Estrutura da atividade:

Quando você começar a contar a história, mantenha todos os cartões em uma prateleira e mostre à sua criança apenas os 2 a 4 cartões referentes à primeira página. Seja o modelo para sua criança, escolha um dos cartões e coloque você mesmo o cartão no espaço com velcro do livro, sem pedir nada à criança. Guarde na prateleira os cartões daquela página que não foram utilizados. Continue a história utilizando sua expressividade e animação, encenando, oferecendo efeitos sonoros relativos aos meios de transporte e onomatopeias para cada um dos animais. A cada espaço em branco, mostre os novos cartões e estimule a criança (caso ela esteja altamente motivada) a ajudá-lo a escolher um cartão e encaixá-lo no livro. Lembre-se que o momento em que solicitamos algo da criança também faz parte da diversão. Traga leveza e animação para este momento demonstrando sua empolgação em escolher os cartões e montar a história. A criança não precisa escolher e colocar os cartões no livro. Se ela conseguir manter-se atenta e acompanhar toda a história, isso já é fantástico para uma criança que ainda não adquiriu a habilidade de seguir sequências narrativas orais ou escritas. E se ela participar escolhendo e colocando os cartões no livro, lembre-se de celebrar muito suas participações!
Se a sua criança gosta de música, você pode fazer uma história cantada. Com uma melodia conhecida, você pode confeccionar o livro escrevendo a letra original ou uma letra modificada para montar a sua história e também deixar espaços em branco para a criança completar com os cartões.
Observações: Algumas crianças podem se beneficiar de uma história com menos espaços em branco para completar – ou até nenhum – caso os espaços em branco e os cartões a distraiam dificultando a compreensão da história narrada. Se este for o caso de sua criança, invista em livros personalizados confeccionados por você com os interesses da criança, com texto simplificado e ilustrações atraentes, para que você possa simplesmente contar a história com animação e expressividade.




                             SEU PRÓPRIO JOGO DE TABULEIRO





Atividades para crianças com autismo. Conquista de objetivos, demonstrar seu conhecimento em seu assunto favorito.

*Metas principais:

Flexibilidade – ajudar a criança, o adolescente a participar de um jogo com diversas etapas e um conjunto de regras.
Desenvolver período de atenção compartilhada de 20 minutos ou mais.

*Preparação da atividade:

Desenhe em uma cartolina o caminho do jogo todo dividido em casinhas nas quais os jogadores moverão suas peças. Inclua um início e um fim. Pinte as casinhas com 3 cores diferentes alternadas. Plastifique o tabuleiro para que ele fique mais resistente e para que possa ser reutilizado em outras sessões com outras temáticas. Cole figuras em alguns pontos do caminho para representar a aventura a qual escolher.
Confeccione até 30 cartões divididos em 3 categorias representadas pelas mesmas cores do tabuleiro. Se você pintar as casas do tabuleiro de vermelho, azul e amarelo, pinte o verso dos cartões nessas mesmas cores, 10 de cada. Escreva nos cartões as tarefas para os jogadores que você acha que serão motivadoras para a criança, adolescente e que podem incentivá-lo a desenvolver habilidades sociais como o contato visual, a conversação, a flexibilidade, o período de atenção compartilhada, e outras habilidades que façam parte das metas educacionais do programa de desenvolvimento desta pessoa.

Sugestões para as categorias de cartões: uma pilha de cartões pode conter tarefas que trabalhem os desafios de comunicação verbal, a outra propõe tarefas físicas (incluindo habilidades de motricidade fina e ampla), a última pode trabalhar habilidades cognitivas como a identificação de formas geométricas, leitura e matemática. Se a sua criança gosta de informações factuais de história e geografia, por exemplo, adicione perguntas sobre estas áreas de interesse. Se ela é fascinada por dinossauros ou pelos filmes ou desenhos animados, inclua uma categoria de cartões que fazem perguntas sobre estes temas.

Exemplos de tarefas: imitar um gorila; andar fingindo que está com o pé doendo; inventar uma sentença utilizando uma determinada palavra; contar algo que aconteceu na última viagem; fazer uma pergunta pessoal para o outro jogador e ouvir a resposta (Ex: “qual é a sua comida preferida? ”); quanto é 4 + 3; etc.
Traga para o quarto peças que vocês moverão pelo tabuleiro (se você tiver bonequinhos das próprias crianças, melhor ainda) e um dado tradicional ou um dado gigante confeccionado por você.
Explique as regras do jogo e esteja aberto para negociar com sua criança novas regras sugeridas por ela.

Cada participante tem a sua vez para jogar o dado, andar o número de casinhas sorteado, retirar um cartão da pilha correspondente à cor da casinha, e cumprir a sua tarefa. Você pode ajudar sua criança a cumprir as tarefas, e pedir que ela lhe ajude também nas suas.

Para trazer ainda mais diversão e leveza, faça uma cara engraçada ou levante-se da cadeira/chão para fazer a sua “dança da sorte” antes de jogar o dado, faça uma festa animada para qualquer que seja o resultado do dado, fale com a voz de algum personagem interessante, levante-se e encene com a criança o que está acontecendo com os personagens do jogo, comemore todas as vezes que vocês cumprirem as tarefas, celebre as participações da criança na atividade.

Dê ênfase à diversão. Quando o primeiro jogador chegar ao final do tabuleiro, isso será motivo de celebração. O segundo jogador continuará jogando até que ele também chegue ao final. E será celebrado também. Retire a ênfase da competição e do ganhar ou perder. O importante não será chegar primeiro, e sim jogar junto, divertir-se e esforçar-se para chegar ao final.

Variações: Para estimular a natureza cooperativa ao invés de competitiva do jogo, estabeleça desde o início que os dois jogadores trabalharão em parceria (em uma aliança de super-heróis!).

        RECURSOS DE BAIXA TECNOLOGIA:

                PRANCHAS DE COMUNICAÇÃO

As pranchas de comunicação podem ser construídas utilizando-se objetos ou símbolos, letras, sílabas, palavras, frases ou números. As pranchas são personalizadas e devem considerar as possibilidades cognitivas, visuais e motoras de seu usuário.



Essas pranchas podem estar soltas ou agrupadas em álbuns ou cadernos. O indivíduo vai olhar, apontar ou ter a informação apontada pelo parceiro de comunicação dependendo de sua condição motora.






REFERÊNCIAS:

http://www.inspiradospeloautismo.com.br/a-abordagem/atividades-interativas-para-pessoas-com-autismo/

quinta-feira, 1 de maio de 2014

                        

                     DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA E SURDOCEGUEIRA



A Deficiência múltipla tem como característica duas ou mais deficiências associadas, como física, auditiva, intelectual e visual, onde as mesmas comprometem o desenvolvimento e a capacidade da criança, é importante lembrar que não é um somatório de deficiências que caracteriza a múltipla deficiência, mas sim o nível de desenvolvimento, as possibilidades de comunicação, interação social funcionais e de aprendizagem que irão determinar as necessidades da mesma pois a criança não precisa ter todas as deficiências para ser considerada como múltipla. A mesma pode ser congênita ou adquirida, congênita quando a criança nasce com as deficiências, adquirida quando surgem depois no decorrer da vida.
 A deficiência múltipla pode apresentar alterações significativas no processo de desenvolvimento, aprendizagem e adaptação social dos alunos, pois ela possui variadas potencialidades, possibilidades funcionais e necessidades concretas que necessitam ser compreendidas e consideradas. Algumas vezes apresentam, interesses inusitados, diferentes níveis de motivação, formas incomuns de agir, comunicar e expressar suas necessidades.
  A pessoa com deficiência múltipla necessita de um ambiente que responda suas necessidades, seu tempo para a realização das atividades, para isso é preciso organizar suas atividades de forma multissensorial para lhe assegurar a realização das tarefas propostas segundo seu planejamento.
        Enquanto a deficiência múltipla tem como princípio a associação de duas ou mais deficiências a surdocegueira é uma deficiência única, a mesma tem como característica a perda da audição e da visão de forma que as duas deficiências possam atrapalhar a uso dos sentidos criando necessidades especiais de comunicação, aprendizagem e de desenvolvimento social.
        A surdocegueira adquirida manifesta-se pela perda progressiva da visão e da audição, ou de um dos dois sentidos quando o outro já está comprometido; dificuldade de percepção de proximidade das pessoas, não percepção de objetos que caem, dificuldade de participação em rodas de conversas brincadeiras e jogos.
A surdocegueira congênita manifesta-se pela ausência da criança do mundo externo, ou seja, falta de percepção de movimentos externos, podendo ser confundida com deficiência mental, devido ao isolamento imposto pela ausência de luz ou de som.
A comunicação para a pessoa com surdocegueira e deficiência múltipla é muito importante devendo ser flexível e adequada a cada situação, pois cada um tem uma necessidade diferente, sendo necessário que se tenha bastante atenção ao se estabelecer esta comunicação pois é através dela que se alcançara a aprendizagem.
O processo de aprendizagem desses alunos requer muitas modificações. Para isso, faz-se necessária uma análise crítica das relações Inter e intrapessoais vividas na escola, didático-pedagógicas e organizacionais que garantam a promoção da aprendizagem e adaptação desses alunos ao grupo escolar para um melhor desenvolvimento.

“Nós não devemos deixar que as incapacidades das pessoas nos impossibilitem de reconhecer as suas habilidades” (Hallahan e Kauffman).

sábado, 15 de março de 2014


Atendimento Educacional Especializado para a pessoa com surdez

Na história da Educação da pessoa com surdez percebe-se que as pessoas surdas eram consideradas como incapazes de gerenciar seus atos. O que foge totalmente da realidade, pois o fato de a pessoa não ouvir não quer dizer que ela não aprende a ler e escrever como também desenvolver-se nos demais aspectos. Portanto é nítido que a surdez não impede a pessoa de ter uma vida social como também o desenvolvimento do corpo e da mente. São muitos os entraves que a pessoa com surdez enfrenta para garantir seu espaço na vida escolar e na sociedade.
Mesmos com políticas já definidas para a Educação Especial na perspectiva inclusiva percebe-se que ainda temos um longo caminho a percorrer, pois ainda encontramos escolas e professores que ainda se diz não estar preparados para receber estes alunos, alegando a falta de conhecimentos na área para recebe-los e de fato incluí-los dentro das escolas e do contexto escolar e social.
A Educação da pessoa com surdez tem tido muitas histórias ao longo da jornada que a mesma vem vencendo a cada dia, muitas conquistas e experiências com e sem êxito, e outras que vem contribuindo com a inserção das pessoas com surdez nas escolas e na sociedade, como é o caso das tendências educacionais para a pessoa com surdez que são: oralismo, comunicação total e o bilinguismo, onde cada uma teve sua participação na historia da educação do surdo mesmo que não tenham dado grandes contribuições como é caso do oralismo e da comunicação total que não conseguiram o desenvolvimento pleno das pessoas com surdez pelo fato de negar a importância da língua natural do surdo que é a língua de sinais (LIBRAS), as mesmas deixaram a desejar em suas metodologias na educação do surdo não valorizando a língua materna dos mesmos. É o que afirma Sá (1999) sobre o oralismo:

“Ocasiona déficits cognitivos, legitima a manutenção do fracasso escolar, provocam dificuldades no relacionamento familiar, não aceita o uso da Língua de Sinais, discrimina a cultura surda e nega a diferença entre surdos e ouvintes”.
            
          Tanto o oralismo quanto a comunicação total pecaram quando negaram a língua materna da pessoa com surdez, não permitindo ao surdo defender sua origem.
  Já o bilinguismo vem com o objetivo de permitir, ou seja, de capacitar as pessoas com surdez para utilizar as duas línguas, Língua de Sinais e a língua da comunidade ouvinte, na comunidade escolar e na vida social. Mesmo ainda se adequando a esse processo é visível que esta tendência é a que mais favorece as pessoas com surdez simplesmente por valorizar as peculiaridades do surdo valorizando sua língua natural e permitindo uma melhor comunicação e interação num todo na vida dos mesmos.

            Mesmo sabendo o quanto é importante o questionamento sobre a questão das línguas para a educação do surdo devemos estar atentos a outras questões que são consideradas grandes contribuintes no fracasso escolar das pessoas com surdez que é o caso das práticas pedagógicas que precisam estar adequadas às peculiaridades dos alunos na busca do pleno desenvolvimento de todos, pois vivemos numa sociedade onde as diferenças devem ser respeitadas.
         



SÁ, Nídia Regina Limeira de. Educação de Surdos: a caminho do bilinguismo. Niterói: Eduff, 1999.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013


                                         Audiodescrição

       
        A audiodescrição é um recurso de acessibilidade utilizado no atendimento de pessoas com deficiência visual e baixa visão, permitindo que a pessoa com DV receba as informações por meio de um audiodescritor, o mesmo é um recurso da tecnologia assistiva que permite a inclusão de pessoas com deficiência visual, este recurso consiste em traduzir imagens através do som e de diversos eventos culturais como o cinema, o teatro, passeios, músicas e entre outros, fazendo com que a inclusão de fato aconteça, pois infelizmente ainda existe muita gente que não tem acesso a esses recursos nos centros educacionais em todo o país.

       A audiodescrição acontece ao mesmo tempo em que a imagem aparece na tela, entre o conteúdo verbal ou as falas do produto audiovisual, e em sincronia com outras informações sonoras deste produto, ou seja, uma risada ou uma porta batendo. Desta forma, a audiodescrição não se sobrepõe ao conteúdo sonoro principal do filme, mas trabalha com ele no sentido de proporcionar o melhor entendimento possível de uma cena.   
        
       A audiodescrição é uma tecnologia que tem como objetivo suprir, ou seja, buscar meios de levar conhecimento a aqueles que não têm acesso às informações e que mesmo tendo não consegue tirar proveito que é o caso das pessoas com cegueira. É imprescindível afirmar que sem a audiodescrição a formação das pessoas com deficiência visual deixaria a desejar, pois a mesma é uma ferramenta de extrema importância na vida dos mesmos exercendo papel importantíssimo na vida social e em seu desenvolvimento num todo.


                         O Girassolzinho
ÇÃO

                                   



                    

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Jogos e atividades para alunos com Deficiência 

Intelectual


                                 Ábaco




        O Ábaco é um jogo que permite facilitar as atividades de contagem e realização de operações matemáticas, sendo também instrumento para despertar a capacidade de concentração e curiosidade, além de desenvolver o espírito de competição, consciência de grupo, coleguismo e companheirismo.

        Este ábaco pode ser confeccionado pelo professor junto com os alunos utilizando materiais de fácil acesso como caixa de papelão, eva, palitos de picolé e cartolina, sempre pensando  na necessidade da criança que ira utilizá-lo. É recomendado que se usasse cores diferentes para trabalhar também as cores facilitando ainda mais a aprendizagem não só de crianças especiais, mas também das consideradas normais.


        Esta atividade terá objetivo de demonstrar a construção do sistema decimal como também das cores e dos números, lembrando que o professor do AEE deve adequar o jogo de acordo  com necessidade do aluno, sempre com o objetivo maior o desenvolvimento do mesmo diante dos conteúdos apresentados.



                           Formas e Cores




      Formas e cores é um jogo de encaixe que promove atividades fudamentais para o desenvolvimento sensorial da criança, afina a cordenação e trabalha a noção de cores e formas geometricas, é uma atividade simples mas que auxilia na percepção das cores e das formas principalmente para crianças menores e com DI, permitindo não só a indentificação de cores e formas mas também auxiliando na cordenação e percepção de espaço e localização das peças.

      É um jogo de fácil confecção pois pode utilizar os materiais acessíveis na escola como a cartolina, figuras e paisagens de livros e revistas, podendo ser construído pelo professor junto com os alunos. O professor do AEE deve adequar o jogo de acordo com a necessidade do aluno diante do assunto trabalhado, na questão da paisagem ou das figuras.




domingo, 15 de setembro de 2013

Grupo Girassol
Alunas:
Andreia dos Santos
Candida Eliane Feitosa Ferreira
Ciléia Honorato da Silva                                 
                                   Tecnologia Assistiva

A educação especial tem recebido um olhar diferenciado ultimamente, a cada dia a necessidade nesta área cresce e o número de pessoas com necessidades especiais nas escolas aumentam e para que essa demanda seja atendida é preciso criar situações que favoreçam as especialidades de cada uma delas sempre buscando a melhor forma para atendê-la em seu desempenho escolar, com um único objetivo que é permitir um atendimento adequado e especializado para cada aluno.
Uma das formas de auxiliar no atendimento educacional especializado é uso das tecnologias assistiva que é entendida como uma forma de auxilio nas mais variadas necessidades desde a dificuldade em pegar o lápis até as mais renomadas tecnologias como o uso do computador, sendo uma alternativa de desenvolvimento e valorização do aluno para realizar suas atividades de vida diária (AVD).
Também como auxilio muito importante para o trabalho do professor da sala de recurso existem os materiais de acessibilidade na escola, aplicado como forma de Atendimento Educacional Especializado (AEE).
         Para Fogarolo (2009), no contexto educacional, as novas tecnologias servirão ao aluno e ao professor de diferentes formas e medidas. Ao aluno elas servirão como recurso específico, como ferramenta compensativa, ferramenta de acesso, como mediador de comunicação e facilitador. Para o professor será um suporte didático e uma ferramenta para produção de material formativo que servirá às necessidades de seu aluno.
 Fazer TA na escola é buscar, com criatividade, uma alternativa para que o aluno realize o que deseja ou precisa. É encontrar uma estratégia para que ele possa "fazer" de outro jeito. É valorizar o seu jeito de fazer e aumentar suas capacidades de ação e interação, a partir de suas habilidades. É conhecer e criar novas alternativas para a comunicação, mobilidade, escrita, leitura, brincadeiras, artes, utilização de materiais escolares e pedagógicos, exploração e produção de temas através do computador etc. É envolver o aluno ativamente, desafiando-o a experimentar e conhecer, permitindo assim que construa individual e coletivamente novos conhecimentos. É retirar do aluno o papel de espectador e atribuir-lhe a função de ator. (BERSCH, 2006).
Diante da citação acima, pode-se dizer que é importante está sempre em busca de novos métodos que favoreçam a aprendizagem da criança, valorizando o conhecimento que ela já trás consigo, envolvendo o ambiente que ele está inserido de forma que contribua com sua aprendizagem.


 Tecnologia Assistiva é uma área de conhecimento e de atuação que desenvolve serviços, recursos e estratégias que auxiliam na resolução de dificuldades funcionais das pessoas com deficiência na realização de suas tarefas.
         São alguns exemplos de TA:
Para a produção escrita muitas alternativas podem ser construídas para auxiliar esse processo, alguns deles produzidos ou adaptados pelo próprio educador.
                           O engrossador de lápis para desenhar e pintar        
                     


         Lápis e canetas engrossados. Na imagem um lápis e duas canetinhas estão engrossados com tubos de espuma, que originalmente servem para revestimento térmico de canos. Um elástico é costurado no tubo de espuma para facilitar a fixação do lápis à mão e, em um dos casos, o tubo de espuma é perfurado pelo lápis transversalmente, modificando-se assim a forma de preensão.




 Na primeira imagem recurso que auxilia a escrita, visualiza-se uma bola de espuma furada com um lápis encaixado neste orifício ma na segunda imagem  o aluno pega o lápis especial e escreve. Uma mão segura a bola de espuma que molda-se facilmente a ela, facilitando a preensão.

                          


                          

Acessório para preensão e limitação de movimentos involuntários. Na fotografia um aluno utiliza uma pulseira imantada e uma caneta com engrossador de espuma. A folha é fixada sobre uma chapa de metal. A pulseira com imã lhe auxilia na inibição de movimentos involuntários.




                          

Teclado de tamanho reduzido com acessório de uma caneta que pode ser utilizada para facilitar a digitação. O objetivo deste teclado é possibilitar aos alunos com diminuição na amplitude de movimento e pouca força muscular a realizar atividade no computador.






Dez acionadores de vários formatos e cores. Os acionadores podem ser colocados em diferentes partes do corpo que possuem controle de pressionar, puxar, apertar, soprar etc., e têm a finalidade de ativar o clique no mouse.



                       
                    Aluno com 7 anos jogando bola com apoio de um andador.





        

Modelos variados de tesouras com acessórios que facilitam alunos com diferentes dificuldades
motoras recortar. Tesoura é fixada em um suporte de madeira. O aluno bate com sua mão fechada no arco e consegue realizar o recorte.

                 

MESA COM PRANCHA

Sobre a mesa da sala de aula ou sobre a mesa fixa na cadeira de rodas podemos colar uma prancha de comunicação e revesti-la com material plástico adesivo, favorecendo a conservação do material. A mesa é um local de fácil acesso e a prancha permanece sempre próxima ao aluno.


                    
Jovem com mesa fixada à cadeira de rodas com uma prancha de comunicação fixada na mesa. Ao lado, outra jovem observa e faz a leitura das letras que ele identifica, uma a uma, para poder se comunicar.
         Esses são alguns exemplos de TA, cada um com sua importância e contribuição na aprendizagem do aluno. Vale ressaltar o quanto é necessária á dedicação do professor pesquisador para alcançar os objetivos propostos visto que os recursos a serem usados podem ser construídos ou adquiridos.   

Referencias:
 BERSCH, R. Tecnologia Assistiva e Educação Inclusiva. in: Ministério da Educação. Ensaios Pedagógicos do III Seminário Nacional de Formação de Gestores e Educadores. SEESP, Brasília, 2006, páginas 89 a 93. Disponível em:


. FOGAROLO, F., 2009. Lenuove tecnologieal servizio dell'integraziones colastica. Gliausilinel progetto educativo individuale. Disponível em:www.portale.siva.it/bancadati/biblioteca/SchedaBiblioteca.asp? IDBiblioteca =217   Acesso em: 02 out. 2009.